Abecedários Incríveis

Se tem uma coisa que eu curto, mas curto muito, são abecedários: fico boba como autores e ilustradores são capazes de brincar com nosso ABC. Esses livros não só são super criativos como são especialmente legais de se curtir com as crianças – eles as aproximam do alfabeto de uma forma lúdica e muito divertida! Hoje separei alguns dos nossos preferidos, meus e do Francisco: tem abecedário artístico, tem abecedário dos dinossauros, tem abecedário maluco – um mais divertido que o outro. Clica no vídeo!

ALFABARTE

Um alfabeto que mistura arte com brincadeira só pode resultar em diversão! “Alfabarte” foi dica lá do Bamboleio – gostei tanto da ideia por trás dele que fui logo atrás. A brincadeira é achar as letras dentro de grandes obras – de Dalí a Picasso, de Delaunay a Matisse. Em algumas o desafio é fácil; em outras, mais difíceis e instigantes. No final, há a “cola”, mostrando onde cada letra está escondida – e também mais informações sobre cada uma das obras. Livro legal demais para crianças que estão começando a se habituar com o alfabeto ou para aquelas que já o conhecem bem, mas curtem um desafio! Ah, e também para os adultos: explorar obras de grandes artistas junto com a criançada à caça de letras é pura diversão! Da Companhia das Letras. 

ABCDINOS

Outro abecedário que faz sucesso com a criançada é esse: “ABCDinos”. Cada letra traz o nome de um dinossauro diferente, dentro de um poeminha cheio de humor – e sim, há dinossauro pra tudo que é letra: o Kakuru, o Zunicerátopo, o Wintonotitã. Há também informações sobre cada um deles, onde viveram, como se pareciam, do que se alimentavam. A linguagem é toda divertida, cheia de curiosidades – e as ilustrações super coloridas! É um abecedário muito divertido de curtir já com os pequenininhos – as cores, os desenhos, o tamanho do livro são bem legais para mãos pequenininhas (e é bastante resistente também, vale comentar). Mas também é um livro legal de curtir com os grandinhos e grandões! Quem resiste a conhecer tanto dinossauro diferente, tanta coisa nova? Publicado pela Peirópolis.

ABECEDÁRIO

Esse se chama simplesmente “Abecedário”, tá certo, mas é muito do diferente – é que traz verbos que têm tudo a ver com a vida das crianças, ilustrados com pessoinhas divertidas colocando-os em ação. As ilustrações do argentino Diego Bianki mostram com muito humor o que é cada coisa, e por si só rendem boas histórias! Um abecedário que já levou até o Prêmio Bologna de literatura infantil, criativo e mega divertido. Da Companhia das Letras.

UM JARDIM DE A A Z

Aqui em casa a gente tá tinha curtido abecedário de dinossauros, de sentimentos, de verbos e até abecedário pra hora de dormir – mas um de flores, nunca! Olha que ideia mais legal: “Um Jardim de A a Z” traz poeminhas curtos, rimados e cheios de delicadeza, cada um para uma flor. Alecrim, girassol, hortensia, margarida (minha flor preferida: cês sabiam que meu nome, Daisy, é margarida em inglês?) rosa e tulipa…e também quaresmeira, umbu, xique-xique e zínia. Pura primavera! Com ilustrações de Taline Schubach, a publicação é da Edelbra.

ALFABETO ESCALAFOBÉTICO

“Alfabeto Escalafobético” também traz um poema para cada letra, de A a Z – mas são poemas visuais, malucos e maramilhosos. Cada poema brinca com o som, o formato, o lugar das letras dentro das palavras – assim como as ilustrações! É legal demais porque não dá pra ler rapidinho não: tem que parar, curtir cada letra, observar como os desenhos e textos brincam juntos. Um dos alfabetos mais diferentes que conheci, um dos que o Francisco mais curtiu descobrir comigo! Parceria divertidíssima de Claudio Fragata e Raquel Matsushita, o livro é publicado pela Jujuba Editora.

HOJE SINTO-ME

Sabe aqueles dias que a gente se sente…meio sem palavras pra definir? Audaz, distante, heroico, invisível – “Hoje Sinto-me” traz em cada letra do alfabeto uma emoção completamente diferente, mas que todo mundo um dia já conheceu. Bonito demais, divertido, poético – as ilustrações em aquarela são lindas, e complementam as palavras com muita poesia. Outro livro que também já levou o Prêmio Bologna – obra prima de Madalena Moniz, publicado pela editora portuguesa Orfeu Negro e (infelizmente) ainda sem edição no Brasil.

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