Bienal do Livro 2014 – minha breve visita

Foi em cima da hora, mas eu decidi voar até São Paulo e ir até a Bienal do Livro. A data escolhi baseada na programação da feira: 28 de agosto, ontem, uma quinta-feira, dia no qual ninguém menos que Eva Furnari, Pedro Bandeira e Ziraldo estariam lá no bate-papo “Primeiras Leituras Para Todas as Idades”. Cheguei cedo, porque como eu imaginava (e tinha lido por aí), a fila era grande. Aliás, essa foi uma coisa boa: até tinha pensado em viajar com o Francisco e ir com ele à feira. Ele anda todo metido me cobrando se eu viajo sem ele: “vai pra São Paulo? mas eu não ia junto?” – e eu tinha mesmo pensado nisso, porque a programação infantil era tão vasta que achei que ele podia mesmo se divertir.

Mas aí vi tanta gente comentando por aí sobre o caos da feira, “não leve crianças!”, que eu deixei ele com os avós. E foi a escolha certa – a programação pode estar sendo de fato muito bacana, e está. Mas é gente demais, é fila demais e sim, é uma bagunça enorme. A criançada que estava em grupos escolares (e eram dezenas!) parecia bem feliz, mas eu levando o Francisco sei bem que só passaria raiva. Até porque a intenção era visitar as editoras, fazer contatos, ver novidades e assistir aos bate-papos – passei um dia inteiro lá, coisa que seria impossível com ele.

bienal1
#partiubienal

E quanta gente! É até engraçado: você vai andando pela feira e sendo abordado por aquele “moça, você é professora ou visitante?”, “moça, você tem um minutinho?” – não tinha, porque eu sei bem que a intenção ali é vender assinatura de revista e outras coisas, uma chatice danada. Também tentei passar longe das editoras gigantescas – não por nada, porque não dava, simplesmente. Algumas estavam até fechadas, controlando já a entrada de gente: então era fila para entrar, muvuca para ver os livros, mais uma fila gigantesca para pagar. Uma pena, porque eram todos os livros com descontos bons demais.

bienal3
criançada se divertindo com os livros

 

Mas deu sim para passear bastante e conhecer muita coisa nova que me fez sair de lá entusiasmada – entre elas muitas editoras que eu ainda não conhecia (são tantas legais!) e projeto bacanas e diferentes como o Elefante Letrado, uma biblioteca online interativa de livros, que fiquei curiosa demais para conhecer. E sim, teve o bate-papo com os grandes: como disse o próprio moderador, João Luís Ceccantini, fomos todos sorteados na mega-sena da bienal: ele como moderador, nós como espectadores. Era 160 senhas disponíveis e uma fila que passava disso, de longe. Ficou muita gente de fora, colada à janela. Mas valeu a espera na fila, porque a conversa foi divertida demais.

Captura de Tela 2014-09-18 às 20.18.49
os grandes: pedro bandeira, eva furnari e ziraldo

Ri do início ao fim com o Ziraldo: “que bom que vocês vieram, eu sempre acho que não vai ter ninguém nesse bate-papo, fico preocupadíssimo”. Eva Furnari e Pedro Bandeira completaram o papo que foi muito além das primeiras leituras: era processo criativo, a importância do escritor na educação, a imagem e o texto,  histórias divertidas de livros que fizeram parte da minha infância e já começam a fazer parte da do Francisco. Saí da Bienal feliz da vida; valeu demais a visita rápida a São Paulo.